Tremembé

O município de Tremembé é contíguo ao de Taubaté, e um grande ornitológico é a avifauna que frequenta os arrozais, muito comuns e extensos ao longo da várzea do rio Paraíba do Sul.

 

A melhor época de observação dessas aves é de novembro até final de fevereiro, preferencialmente a segunda quinzena de janeiro, embora possa haver alguma variação de ano a ano, segundo Marco Aurélio Crozariol, ornitólogo dessa cidade, conforme as datas de colheita do arroz e do ciclo de chuvas.

 

Por se tratarem todas de propriedades particulares é necessário solicitar autorização com os respectivos proprietários para percorrer essas áreas. Muitos arrozais são percorridos por estradas elevadas e delas já é possível fazer as observações, sem necessidade de entrar nos arrozais alagados.

 

 

O acompanhamento com guias de observação de aves habituados com a região é uma boa estratégia, já que eles já têm conhecimento dos proprietários e também dos lugares exatos onde ficam determinadas espécies, pontos estes que variam conforme o arrozal vai crescendo ou ocorre a colheita. Um guia de observação de aves experiente com a área é Rafael Fortes (rafja@ig.com.br)

 

Alguns pontos especialmente interessantes a serem visitados são:

 

Quiririm-Taubaté: entrar numa estradinha de terra em 23°00'58.31"S - 45°38'24.99"O e aí ir olhando os de ambos os lado

 

Fazenda Berizal-Tremembé: entrar na estrada de terra em 22°56'29.97S - 45°36'02.88"O e seguir até 22°56'47.97"S - 45°34'29.04"O. Os arrozais estão em ambos os lados da estrada.

 

Logo que sair dessa estrada e der na estrada asfaltada, virar à esquerda e um pouco adiante virar à direita entrando em outra estrada de terra (22°56'35.52"S - 45°34'43.69"O) que vai para a fazenda Kanegae. Tem arrozais dos dois lados. Mais adiante chega-se na entrada da Fazenda, em 22°55'26.58"S - 45°34'04.46"O.

 

Fazenda Kanegae (famosa pela visita de diversos ornitólogos, entre os quais E. O. Willis e sua esposa Y. Oniki, H. Alvarenga, Nacinovic, Dante M. Teixeira, e outros.  pedir para vocês saírem. Há extração de areia nessa área.

 

Algumas das espécies de aves que podem ser vistas nessas áreas são (das mais frequentes às mais raras):

 

Dendrocygna bicolor
Dendrocygna viduata
Dendrocygna autumnalis
Botaurus pinnatus
Platalea ajaja
Cathartes burrovianus
Elanus leucurus
Himantopus melanurus
Anthus lutescen
Nothura maculosa
Sarkidiornis sylvicola
Mycteria americana
Plegadis chihi
Rostrhamus sociabilis
Aramus guarauna
Pardirallus maculatus
Netta erythrophthalma
Nomonyx dominica
Jabiru mycteria
Ixobrychus exilis
Ixobrychus involucris
Coturnicops notatus
Porzana flaviventer

 

Pardirallus sanguinolentus pode ser mais facilmente observada na lanchonete Leite na Pista, onde ela pode ser vista caminhando pela estrada. Um bom ponto é este: 22°58'32.06"S - 45°38'47.24"O.

 

Outras informações podem ser vistas em:

 

Crozariol, M. A. (2010) Birdwatching em campos de arroz irrigados: uma atividade que tem tudo para dar certo! Atualidades Ornitológicas on line. Nº 157. (disponível em www.ao.com.br)

Crozariol, M. A. (2011) Fazenda Nabor. p. 242-245. In: Valente, et. al. Conservação das aves migratórias neárticas no Brasil. Belém: Conservação Internacional. Disponível em:

 http://www.conservation.org.br/publicacoes/files/avesmigratorias/avesmigratoriasnearticasnobrasil.pdf

 

Agradecemos a Marco Aurélio Crozariol do COAVAP, pela maior parte das informações contidas neste informe.

 

Sobrando tempo na viagem, vale a pena conhecer o Museu de História Natural de Taubaté.