Município de Luis Antonio

Estação Ecológica e Estação Experimental de Jataí

Coordenadas: 21º36’54”/47º48’02”. Situada no Planalto Ocidental, região de transição para as Cuestas Basálticas, no município de Luis Antonio, região de Ribeirão Preto, tem em torno de 4.532,18 ha e é contígua à Estação Experimental de Jataí. Limita-se por um lado com o rio Mogi-Guaçu, abrangendo assim uma planície de inundação, onde existem 15 lagoas. Suas altitudes variam de 520 a 642 m. A Estação é percorrida por quatro córregos permanentes. As formações vegetais são bastante diversificadas, encontrando-se matas mesófilas, matas ciliares, cerrado em diversas fisionomias, desde campo sujo a cerradão. Também áreas antropizadas: o entorno da colônia de moradores, algumas lavouras, eucaliptais e pinheirais.

A Estação é intensamente utilizada para  pesquisas biológicas, havendo nela um posto avançado de pesquisas da Universidade Federal de São Carlos. Há uma publicação em dois volumes relativa à biodiversidade da área e seu uso, o livro "Estação Ecológica de Jataí", publicado em 2000 pela RIMA Editora, de São Carlos.

 

 

 

 

 

Veja relatos de viagem a essa localidade:

Faça seca ou faça chuva, a vida se perpetua em Jataí
Luiz Fernando de A. Figueiredo

Excursão do CEO - 10-12 de outubro de 2009

Videos de algumas aves (Gilberto Lima)

Album de fotos (Luiz Fernando Figueiredo)

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Nos dias 29-30/4 e 1/5 de 2006 uma equipe do CEO visitou essa unidade. Em nossa visita detectados 90 espécies, destacando-se o corocoró, Mesembrinibis cayennensis, o pica-pau-anão-escamado, Picumnus albosquamatus, o pica-pau-de-topete-vermelho, Campephilus melanoleucos, o papa-formigas-vermelho, Formicivora rufa, o bagageiro, Phaeomyias murina, o caneleiro, Casiornis rufus, o bico-de-veludo, Schistochlamys ruficapillus, a pipira-vermelha, Ramphocelus carbo, a saíra-da-mata, Hemithraupis ruficapilla. Fizemos um novo registro para área, apenas ouvida, em resposta a play-back: a corujinha-sapo, Megascops atricapilla. Além dessas espécies típicas daquele ambiente e região, alguns outros avistamentos foram dignos de nota. Tivemos vários contatos com a suindara, Tyto alba, pois uma delas estava alojada no telhado da própria hospedaria. É notável como algumas aves estão acostumadas com a presença humana na área de gramados da área administrativa e casas de moradores. Foi possível nos aproximarmos de uma coruja-buraqueira, Athene cunicularia, a dois metros, para filmá-la. Numa manhã, um casal de seriemas, Cariama cristata, passeou tranquilas pelos gramados, chegando ao lado do alpendre de uma casa, sem se incomodar com os moradores que estavam de saída, nem com o barulho do carro já ligado. Procuraram restos de comida do cachorro e nem se importaram também com a presença do pequeno cão a três metros delas. Notável também a quantidade de gralhas, principalmente a gralha-picaça, Cyanocorax chrysops. Presenciamos uma colisão de uma rolinha, Columbina talpacoti, com a parede da hospedaria, levando-a a morte instantânea, mostrando que nessas áreas é desejável que as paredes não sejam pintadas de branco, mas de outra cor que impeça essas colisões. Além das aves tivemos um interessante contato com uma tamanduá saindo de uma lagoa, onde foi banhar-se, ou dar de beber ao filhote que trazia agarrado à anca. Chegamos a dois metros desta, podendo filmá-la com tranquilidade, já que ela saiu dali muito lentamente, ameaçando-nos com um fungar vigoroso.