Antiga viola
A minha antiga viola
Feita de pau de pinhero
É minha eterna lembrança
Do meu tempo de violeiro
A saudade do catira
Do meu sertão brasileiro.
O recortado e catira
Alembrô do mutirão
O xote alembrô as gauchas
O churrasco no galpão
A moda de viola é triste
Fais sofrê quem tem paixão.
O baião é lá do Norte
Paulista é o cateretê
Quando escuto a Cana-Verde
Alembro do Tietê
Numa festa do Divino
Eu me encontrei com você.
A valsa é uma serenata
Na janela da morena
O rasqueado fais lembrá
O cantar das siriema
Do tempo de boiadeiro
Na madrugada serena.
Cantei muitos desafio
Já fui cabra fandangueiro
Na congada já fui rei
Em todo sertão mineiro
Hoje só canto a saudade
Do folclore brasileiro.
Siriema: Cariama cristata.