SAUDADES DE ARARAQUARA 

Eu parti de Araraquara com destino pra Goiás
Quando eu vim da minha terra deixei mãe e deixei pai
Eu passei campina Verde atravessei Minas Gerias
Os olhos que lá me viram de certo não me vê mais.

Fiz a minha embarcação um adeus pra nunca mais
Meu amor me procurava noticias pelos jornais
Eu padeço, ela padece, padecemos os dois iguais
Quem parte leva saudade, pra quem fica é muito mais

Eu olhei lá no horizonte avistei certos sinais
As estrela me guiando, deixando raios pra traz
Moreninha ainda te quero, cada vez querendo mais
Os agrados de outro amor para mim não me satisfaz.

O meu peito é um retiro onde meu suspiro vai
Meu coração é um coitelo que do seu jardim não sai
Que vive beijando a rosa onde o sereno cai
Adeus minha rosa branca, adeus para nunca mais.

Sertão - Moda de viola (Tonico, Tinoco e Alberto Loureiro)

Eu vivo no meu ranchinho, bem perto da natureza,

o cantar dos passarinho disfarça minha tristeza.

Vejo o sor à tardezinha, vejo a mata escurecê,

como é linda a manhãzinha, o sertão  amanhacê.

 

Da mata verde saia um cordão de sabiá,

cantando a sinfonia, alegrando o matagá.

Em multicor revoando, pintando o sertão em festa,

as borboleta estrelando o céu verde da floresta.

 

Eu sou um caboclo pachola dum Brasil tradicioná,

a solidão me consola, saudade me fais cantá.

O sertão é minha escola, faço verso naturá,

São Jorge benzeu a viola na água benta do luá.

 

Jesus Cristo é sertanejo, o criador da grandeza,

fez a viola e o harpejo, o sertão e a beleza.

Foi Deus que trouche alegria, pra combater a tristeza,

os verso e a poesia, da boca da Natureza.

 

Coitelo:
Sabiá: