PARQUE ÁGUA BRANCA
O Parque Dr. Fernando
Costa, mais conhecido como Parque Água Branca, tem área de 116,8
mil m2. Situa-se no bairro de Perdizes, uma região densamente
urbanizada e com grande carência de áreas verdes. Há diversas edificações antigas. O Parque é sede de
diversas associações ligadas à
agropecuária e promove feiras relacionadas a essas atividades, o
que lhe deu a tradição de ser também um centro educativo e com grande potencial
na área de educação ambiental.
Veja o site do Parque.
É constituído principalmente por uma vegetação arbórea, muitas destas de grande porte. Foram identificadas 159 espécies de plantas no Parque. Duas áreas do Parque, onde há uma concentração maior de espécies arbóreas nativas, são conhecidas como "Mata Atlântica". Nessas áreas foram vistos o o pica-pau-anão e o joão-velho. Há uma nascente dentro do parque e essa área recebe uma proteção diferenciada. Também um bosque de palmeiras em uma área onde o terreno é bastante úmido, de onde correm pequenos fios d'água que vão desaguar no lago maior do parque. Conta também com um lago artificial, mantido pela nascente, dois tanques ornamentais e outros de piscicultura. Desta forma, a disponibilidade de água é certamente um fator favorável para a avifauna no Parque.
A partir de março de 1995 o Parque foi objeto de uma série de projetos de recuperação, integrantes do "Projeto Revitalização" coordenado por uma equipe multidisciplinar e pela primeira dama do estado. O CEO foi convidado a colaborar com esse projeto, realizando o levantamento de aves e sugerindo a implantação do "Jardim Ecológico da Nascente". Da mesma forma fez o projeto de construção do "Observatório de Aves do Jardim Ecológico da Nascente" onde foram afixadas gravuras retratando as espécies de aves do Parque.
Outra proposta do CEO foi a retirada de aves, entre as quais araras, tucanos e outras, que ficavam em viveiros em condições inadequadas, onde não dispunham de assistência veterinária e de outros profissionais, como deve acontecer em todo jardim zoológico. Sugerimos também a transformação desses viveiros, cuja concepção arquitetônica é muito bonita, em espaços de exposições culturais. Essa proposta foi aceita e efetivada.
O parque é um bom local para ver aves típicas da região urbana. A convivência das aves com a presença considerável de pessoas deu a elas uma grande mansidão. Algumas como rolinhas e sabiás-laranjeiras permitem uma surpreendente proximidade. Bom lugar também para ver o saí-andorinha, Tersina viridis, na época de frutificação das magnólias, árvore exótica muito comum no lugar. Na primavera, pode-se ouvir os insistentes cantos do sabiá-una, que só aparece por ali nos meses quentes do ano.
Soltas pelo parque há algumas aves domésticas, que atraem a admiração dos visitantes, como o galo garnizé, galinhas-d'angola e, o mais admirado de todos, o pavão.
O Parque conta com a ASSAMAPAB – Associação dos Amigos Ambientalistas do Parque da Água Branca, entidade com significativa atuação em prol da preservação da biodiversidade do Parque e com a qual o CEO mantém permanente parceria.
O Parque apresenta ainda algumas situações que poderiam ser corrigidas ou melhor controladas, visando ampliar as condições de sobrevivências das aves. O CEO já encaminhou propostas de soluções dessa situações à Diretoria do Parque.
Controle da palmeira-australiana, Archontophoenix cunninghamiana
Trata-se de palmeira exótica com grande poder de reprodução, tornando-se assim muito invasiva. Em algumas áreas de bosques (chamadas de "mata atlântica") esta palmeira domina o sub-bosque, impedindo o crescimento de espécies nativas.
Introdução de peixes
nativos nos lagos.
A retirada das carpas, que são peixes exóticos e a introdução
nos lagos de pequenos peixes nativos permitirão que estes sejam pescados por
algumas aves como o bem-te-vi, já registrado no parque e outras, que poderão
aparecer em função da disponibilidade desses peixes, como garças e
martim-pescadores.
Controle de gatos
Os gatos constituem predadores notórios das aves. É sabido
que há diversas pessoas favoráveis à permanência dos gatos nos parques,
entretanto, trata-se de uma forma de abandono de animais, contrário aos atuais
preceitos de posse responsável. Da mesma forma, a soltura de animais silvestres
em parques é proibida por lei.
Algumas providências poderiam ser o cadastro de todos os
animais soltos no Parque, a marcação desses animais, estímulo à população para
sua adoção e esterilização cirúrgica.
Reforma do Observatório de Pássaros
O Centro de Estudos Ornitológicos, junto com a ASSAMAPAB, se
dispõem a fornecer os novos painéis com fotos das aves mais comuns do Parque e
fazer a sua instalação no Observatório.